““O
socialismo não deu certo em nenhum país do mundo”. Essa frase falaciosa e mal
intencionada é repetida à exaustão em discussões pseudopolitizadas onde o foco
é deslegitimar a esquerda. O pensamento parte de uma parcela privilegiada da
sociedade que possui uma ilusão tola de
que um mundo predominantemente capitalista estaria ao menos próximo de
prosperar. Apenas no continente africano 236 milhões de pessoas passam
fome, de acordo com dados da ONU. No mundo, o número sobe para 800 milhões.
Pelo visto, o conceito de “dar certo” pode variar bastante, de acordo com a
ideologia de cada um.
segunda-feira, 24 de julho de 2017
sexta-feira, 14 de julho de 2017
A triste sina do pobre de direita
Não há nada mais natural que o apoio dos mais ricos às
pautas alinhadas à direita. Foi essa parcela da população, majoritariamente sem
consciência de classe, que se beneficiou com a deposição de Dilma e com as
reformas plutocratas impostas por este governo ilegítimo. Mas ironicamente, parte
da população menos abastada, que sempre se beneficiou diretamente das políticas
públicas implementadas no governo anterior, fazem coro ao discurso de ódio à
esquerda e defesa de agendas elitistas. No país do contrário, a luta é pelo lucro
do patrão.
O pobre de direita é um exemplo clássico de uso de
instrumentos midiáticos para manipulação das massas. Apoiou o golpe contra
Dilma, acreditando que protestava contra a corrupção; protestou a favor da
reforma trabalhista, sem perceber que eram seus direitos que estavam sendo
cassados; apoia a perseguição que sofre Lula, o presidente que mais distribuiu
renda na história. Ao consumir informação sem fazer um juízo crítico, essas
pessoas não se dão conta de que são exatamente os maiores prejudicados pelas
situações que apoiam. Gado que caminha feliz para o abatedouro.
quarta-feira, 12 de julho de 2017
Moro não surpreende: condena Lula em juízo de exceção
Martin Luther King, na famosa
Carta de uma prisão em Birmingham, escreveu que a injustiça num lugar qualquer
é uma ameaça à justiça em todo o lugar. O ativista americano não poderia estar
mais certo. A imparcialidade usada para condenar, sem provas, o político mais
popular do Brasil e líder de todas as pesquisas eleitorais, representa uma
séria ameaça de interferência do judiciário em nossa já deteriorada democracia.
A decisão de Moro alarma, mas não surpreende. Após mais de 3 anos de
perseguição implacável, Moro não tinha outra opção que não fosse condenar Lula.
Esse era seu papel.
Moro perseguiu Lula de forma
pessoal. O Juiz, que se tornou o símbolo maior do antipetismo, demonstrou por
vezes sua índole revanchista nos processos que envolvia o ex-presidente.
Divulgou, de forma arbitrária e ilegal, áudios de conversas de sua esposa com
seus filhos, conversas gravadas de Lula que não se relacionava com o processo,
determinou condução coercitiva, mesmo sem Lula ter se negado a colaborar com a
justiça e se recusou a inocentar Dona Marisa, mesmo após sua morte. Essas
atitudes lhe deram o status de herói perante a classe média raivosa, que,
manipulada, passaram a odiar Lula e seu partido.
segunda-feira, 10 de julho de 2017
A pauta do golpe é a agenda neoliberal. Temer é descartável
Marcos Oliveira/Ag. Senado |
O PSDB não demonstra mais fidelidade ao governo que ele colocou no poder e integrou até agora. Se Temer traiu Dilma para se unir aos tucanos, agora é traído pelos seus maiores aliados. Não existe honra entre os golpistas. A única coisa que realmente interessa para o partido é a sua própria proposta de governo, neoliberal e plutocrata. Pouco importa quem está ocupando o Planalto, o importante é que as reformas sejam aprovadas. O partido enfim consegue impor sua agenda 4 vezes consecutivas derrotada nas urnas, agindo como manipuladores ocultos de um governo de marionetes.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Os preços e os valores de cada deputado
Temer é culpado. As provas,
apresentadas na delação de Joesley Batista, não deixaram dúvidas sobre a
procedência das denúncias apresentadas pelo Ministério Público. No entanto, a
aprovação do processo pela Câmara será muito mais que um julgamento baseado nos
autos. Impossibilitado pelas próprias circunstâncias de convencer o mais
ingênuo dos parlamentares de sua inocência, Temer adota mais uma vez o lado
mais espúrio da política e abre os cofres para comprar apoio. Esse mercado
negro de votos é feito com dinheiro público e à luz do dia.
Se nos primeiros 5 meses de
governo, Temer havia liberado 959 milhões em emendas parlamentares para
deputados e senadores, apenas no mês de junho esse valor foi de 4,2 bilhões de
reais. Ou seja, após a denúncia de Joesley, em apenas um mês, o valor foi mais
de 400% superior de todos os outros meses do ano somados. O nexo de casualidade
fica mais que óbvio. Na Câmara, onde o presidente precisa de 342 votos para
impedir que o processo siga no STF, foi onde houve a maior concentração de
recursos. Apenas Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o deputado campeão de emendas, foi
contemplado com um montante de 18,5 milhões de reais, no primeiro semestre.
segunda-feira, 3 de julho de 2017
Fachin de dois gumes
Um lado é afiado, corta fundo na carne. Em fevereiro desse
ano, o Ministro negou habeas corpus a
uma mulher presa desde 2011 por tentativa de furto de chicletes e desodorantes.
O outro lado parece estar quase cego, sem fio. No último dia
30, Fachin libertou ex-deputado Rocha
Loures, o “homem da mala” dos quinhentos mil da JBS.
Uma eventual delação de Loures complicaria a já nada fácil
situação de Michel Temer.
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