O ministro Eliseu Padilha botou fim
na novela e comunicou a saída dos tucanos da base de Temer. A história já se
arrastava há meses: os tucanos já ameaçaram abandonar o governo ao menos quatro
vezes em situações anteriores, com o objetivo de angariar cargos ou dinheiro
público, advindas de emendas parlamentares. Agora, seguindo sua vocação de
moralista sem moral, anuncia sua saída visando desvincular sua imagem do
governo que colocou no poder de forma ilegítima. Visando 2018, o tucanato
abandona o barco, após tê-lo ajudado a naufragar.
Temer é possivelmente o presidente
com a menor aprovação de toda história. Após assumir o governo de forma
ilegítima, se envolveu (juntamente com sua base) em inúmeros casos de
corrupção, além de adotar uma política entreguista e a favor das elites.
Portanto, é de certa forma compreensível que nenhum partido que queira disputar
eleições queira vincular sua imagem a um governo odiado pela população. Mas por
motivos óbvios não será possível para o PSDB desassociar sua imagem do monstro
que criou.