A operação Lava Jato jamais teria alcançado o status de mega
operação se Aécio tivesse ganhado as eleições de 2014. Quando o resultado com
mais uma vitória do PT nas urnas (a quarta consecutiva) foi anunciado, a lava
jato ainda engatinhava em sua primeira fase. Mas o PSDB não aceitou a derrota e tratou de
semear o golpe, apostando que a Operação derrubaria Dilma, sem prejudicar a intocável
reputação tucana. Contavam com a blindagem na república de Curitiba. Não previram
as denúncias de Fachin. Agora o PSDB teme pelo seu fim justamente pelas mãos do
algoz que ajudou a criar. O fim parece estar próximo.
A temida” Lista de Fachin” alcançou os três poderes em todos
os níveis da federação. Constam nela nove ministros do governo golpista, os presidentes
da Câmara e Senado, mais de setenta parlamentares e ao menos três governadores.
Mas ninguém teve mais denúncias que Aécio Neves, cinco ao todo. Tudo vai piorar
quando abrirem a verdadeira “caixa-preta” do presidente tucano: o esquema de
Furnas. O sonho de “mineirinho” de ocupar o Planalto parece estar bem longe
agora. Mas talvez haja vaga para ele na papuda.
Além de Aécio, outros
nomes importantes do partido apareceram na delação da Odebrecht e terão
processos abertos no STF ou nas instâncias competentes, de acordo com o foro de
cada um: Jose Serra, Aloysio Nunes,Geraldo
Alckmin, Antonio Anastasia, Beto Richa e
Fernando Henrique Cardoso. Perceba-se que estão incluídos na lista o relator do
golpe, o chefe do partido, o vice de Aécio nas últimas eleições e dois
governadores de Estado. As estruturas ficaram abaladas.
Dizem que o plantio é opcional, mas a colheita é
obrigatória. Nada mais justo. Quando o
PSDB semeou a lava jato, talvez não esperasse que a colheita fosse tão
dolorosa. Todos os políticos citados aqui, de uma forma ou de outra, protestaram
contra a “corrupção” durante o processo de Dilma. Nós não esqueceremos. O mundo
dá voltas.
Por Guilherme Coutinho
Por Guilherme Coutinho
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