foto Mathilde Missioneiro/Folhapress e capa da Revista Veja |
Por Guilherme Coutinho
Em um mês, Dilma cumpriu uma agenda apertada: participou de conferências em Genebra, lotou palestras em Lisboa, participou da histórica inauguração da transposição do Velho Chico, na Paraíba. Sempre ovacionada e respeitada como Chefe de Estado. Nesse mesmo período, Cunha,já preso, foi condenado a 15 anos de reclusão, a aprovação do governo de Temer caiu para calamitosos dez por cento e agora Aécio está sendo denunciado até pela grande mídia. Ação e reação. Todos colhendo o que plantaram. É o karma do golpe.
Em um mês, Dilma cumpriu uma agenda apertada: participou de conferências em Genebra, lotou palestras em Lisboa, participou da histórica inauguração da transposição do Velho Chico, na Paraíba. Sempre ovacionada e respeitada como Chefe de Estado. Nesse mesmo período, Cunha,já preso, foi condenado a 15 anos de reclusão, a aprovação do governo de Temer caiu para calamitosos dez por cento e agora Aécio está sendo denunciado até pela grande mídia. Ação e reação. Todos colhendo o que plantaram. É o karma do golpe.
Dilma segue sua rotina porque não tem do que se envergonhar.
Foi deposta injustamente por políticos corruptos que estão acabando com o país.
Eduardo Cunha, o maior responsável pela abertura do processo de impeachment, tão
poderoso há menos de um ano, perdeu o mandato, está encarcerado e condenado por
três crimes na Lava Jato. E a situação do “malvado favorito” pode piorar: seus
bens continuam bloqueados na Suíça e sua esposa e filha, também investigadas,
poderão ser presas em breve.
Enquanto Dilma e Lula sempre foram extremamente investigados
e perseguidos pela grande mídia, outro grande articulador do golpe sempre havia
sido poupado. Pelo menos até essa
semana. Aécio Neves, que nunca aceitou a derrota nas urnas para a primeira
mulher presidente no Brasil, está tão envolvido em esquemas espúrios, que até
sua indefectível blindagem parece ter acabado. A Veja conhecida por sua cortesia com a
tucanada, estampou os famigerados “esquemas do Aécio” em sua capa.
Por fim, o golpista em pessoa, Michel Temer, amarga uma
reprovação colossal de seu (des)governo, e trava uma briga suja de bastidores
com caciques de seu próprio partido. Ainda tem o julgamento no TSE : Temer
poderá perder o cargo que nunca foi seu de direito. Enquanto isso, Dilma segue
sua vida normal, de cabeça erguida, com a certeza que estará do lado certo da história quando
ela for contada. E continua dando suas pedaladas: em sua bicicleta, pelas ruas
de Porto Alegre.
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