quarta-feira, 5 de abril de 2017

Será que Hitler também era chamado de mito?

Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil
Hitler chegou ao poder em 1933, após ser apontado Chanceler da Alemanha. Pouco mais de um ano depois, fundiu seu cargo com o de Presidente em um plebiscito aprovado por 90% dos cidadãos. Sempre me impressionou como os ideais nazistas podem ter encantado uma nação que, cegamente, apoiava tanta perversidade. Mas ao ver Bolsonaro sendo considerado um  “mito” por uma parcela da população fica claro que, ainda hoje, o ódio e o preconceito ainda podem pautar campanhas e angariar seguidores fanáticos. E isso é perigoso.



Essa semana, o presidenciável deixou mais uma vez transparecer sua face obscura e fascista ao fazer campanha. Ameaçou acabar com reservas indígenas e alegou que descendentes quilombos de um assentamento eram obesos e não serviam nem para procriar. Não se pode fechar os olhos para o preconceito reincidente de Bolsonaro. Ele está dizendo ao que veio, assim como Hitler fez décadas atrás. Antes mesmo de se candidatar (e perder) as eleições presidenciais e ser apontado Chanceler, Hitler já tinha exposto suas ideias absurdas em seu livro “Minha Luta”.


Bolsonaro é racista, machista e homofóbico, não existe questão alguma sobre isso. Mas passaria desapercebido se não fosse apoiado por tantos brasileiros e isso é definitivamente o mais assustador. Ele reflete o pensamento de uma parcela da população. O presidenciável já foi eleito seis vezes deputado federal, sendo o candidato com mais votos no último pleito. Seus eleitores eufóricos insistem em chama-lo de “mito”. E os apoiadores de Hitler, como será que o chamavam?

Por Guilherme Coutinho


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