Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil |
Hitler chegou ao poder em 1933, após
ser apontado Chanceler da Alemanha. Pouco mais de um ano depois, fundiu seu
cargo com o de Presidente em um plebiscito aprovado por 90% dos cidadãos.
Sempre me impressionou como os ideais nazistas podem ter encantado uma nação
que, cegamente, apoiava tanta perversidade. Mas ao ver Bolsonaro sendo
considerado um “mito” por uma parcela da população fica claro que, ainda
hoje, o ódio e o preconceito ainda podem pautar campanhas e angariar seguidores
fanáticos. E isso é perigoso.
Essa semana, o presidenciável deixou
mais uma vez transparecer sua face obscura e fascista ao fazer campanha.
Ameaçou acabar com reservas indígenas e alegou que descendentes quilombos de um
assentamento eram obesos e não serviam nem para procriar. Não se pode fechar os
olhos para o preconceito reincidente de Bolsonaro. Ele está dizendo ao que
veio, assim como Hitler fez décadas atrás. Antes mesmo de se candidatar (e
perder) as eleições presidenciais e ser apontado Chanceler, Hitler já tinha
exposto suas ideias absurdas em seu livro “Minha Luta”.
Bolsonaro é racista, machista e
homofóbico, não existe questão alguma sobre isso. Mas passaria desapercebido se
não fosse apoiado por tantos brasileiros e isso é definitivamente o mais
assustador. Ele reflete o pensamento de uma parcela da população. O
presidenciável já foi eleito seis vezes deputado federal, sendo o candidato com
mais votos no último pleito. Seus eleitores eufóricos insistem em chama-lo de
“mito”. E os apoiadores de Hitler, como será que o chamavam?
Por Guilherme Coutinho
Por Guilherme Coutinho
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