
O
capitalismo, pode ser definido, de forma resumida, como o sistema econômico baseado
na propriedade privada dos meios de produção, na livre iniciativa e, sobretudo,
na busca incessante por lucro. Sendo os dividendos a liga que mantém o
capitalismo coeso, a desigualdade econômica se torna inerente ao sistema. A concorrência
capitalista é desigual pela própria natureza, pois privilegia aquele que já
possui capital em detrimento daquele que nada tem. Isso funciona para pessoas,
empresas e nações. Com uma elite consolidada e ávida por mais lucro, a tendência
natural é a exploração de uma classe dominante financeiramente (burguesia)
sobre outra, inferiorizada pelo sistema, que se torna subalterna e
marginalizada (ploretariado).
Joseph
Stiglitz, Prêmio Nobel em economia e ex-dirigente do Banco Mundial,
associa diretamente o acumulo de riqueza por uma minoria da população e a
miséria mundial ao capitalismo, em seu livro "The Great Divide" (a
grande divisão). O autor parte do pressuposto de que toda a desigualdade social
poderia ter sido evitada, por meio de atuação estatal e políticas públicas
acertadas. Joseph vai mais longe ao afirmar que o sistema capitalista, além de
gerar desigualdade e miséria, corrompe a democracia: “O lema de um homem um
voto está sendo convertido em um dólar um voto”. Um sistema que gira em torno
do Capital e do lucro não poderia mesmo trabalhar em favor dos princípios
democráticos. A JBS que o diga.
Em um mundo
basicamente capitalista, existe de sobra desigualdade, concentração de renda,
democracias corrompidas, centenas de milhões de pessoas passando fome e muitas guerras.
São dezenas de conflitos por petróleo, disfarçados de rinhas religiosas,
promovidos por nações capitalistas. Nessa conjuntura, a afirmação de que o
socialismo não teria dado certo, como forma de defender o Capital, se torna
desprovida de sentido e carregada de falta de informação ou conduzida por puro
egoísmo.
O
socialismo existiu com o propósito justamente de eliminar a desigualdade – e as
próprias classes sociais – através da coletivização dos meios de produção. Em
uma realidade sem divisão social não existem privilégios, e como sabemos, não é
fácil abrir mão de vantagens que se possui graças a um sistema injusto. É por
isso que os egocentrados criminalizam tanto o sistema socialista. Já os mal
informados mal sabem o que dizem, apenas repetem, de forma rasa e sem
questionamentos, o que ouviram ou leram em algum folhetim nesse neomacarthismo
brasileiro.E assim se constrói uma rede proteção a uma instituição falida e, infelizmente,
dominante no cenário mundial.
A política brasileira na grande parte de sua composição é falha, infelizmente. Porém há alguns que se salvam, lutando pela democracia... como por exemplo, Sinclair Lopes.
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