Hitler odiava os comunistas. Em seu livro Mein Kampf , editado na prisão, em 1926,
ele já citava o comunismo como “um perigo judeu” e afirmava que o marxismo era o problema mais importante que confrontava a
Alemanha à época. Em 1941, já durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha
Nazista invadiu a União Soviética, violando o pacto de Não Agressão Molotov-Ribbentrop,
e iniciou a sangrenta guerra que culminaria com a vitória do Exército Vermelho sobre
o Exército Nazista. Durante o confronto,
morreram cerca de 24 milhões de soviéticos (entre civis e militares), número
superior às mortes de americanos, franceses, britânicos e chineses somadas,
durante toda a Guerra.
O ódio de Hitler foi diretamente
transferido para a ideologia que criara. Karl Marx, que mais tarde se declarou ateu,
era de uma família judia alemã, o que gerava ojeriza por parte dos nazistas.
Existem ainda diferenças conceituais muito evidentes entre o comunismo e o
nazismo: enquanto o primeiro pregava uma sociedade livre de divisões e apátrida,
o segundo era apoiado na hierarquia de classes raciais e era ultranacionalista.
Não existe absolutamente nada que ligaria nem de longe o nazismo ao comunismo ou
à esquerda, exceto o nome do Partido Nazista: Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores
Alemães.
Assim como nunca devemos julgar um livro pela capa, jamais
devemos julgar um partido pela sua nomenclatura. Normalmente, não passam de
signos vazios, com o intuito de criar identificação por parte de determinados
apoiadores. Vejamos, por exemplo, no Brasil, o PSDB. Carrega o nome de social democracia
no nome, enquanto pratica seu exato oposto: o neoliberalismo. Com o Partido
Nazista, a lógica foi a mesma: foi cunhada a expressão “Nacional Socialismo” para
atrair a atenção da classe trabalhadora alemã. Mas o partido, em todas suas
ações, era de extrema-direita e continua sendo a grande referência desse
espectro ideológico nos dias atuais.
Podemos fazer o teste com a maioria dos partidos, no Brasil
e no exterior. Os nomes soam como siglas vãs que não dizem nada frente à
atuação das agremiações (DEM, PSB, PSC, PMB etc). A afirmação de que o nazismo
é uma ideologia de esquerda só pode estar relacionada à completa falta de
informação ou por uma absoluta escassez de discernimento. Uma discussão que não
deveria sequer ter começado, mas já que começou que se tenha um fim: o nazismo
não é de esquerda. Este conceito fica para o lado de lá, bem no fim da linha.
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