
Há um ano, Dallagnol chocou o país com seu indefectível PowerPoint
de acusação a Lula, acompanhado de convicções e sem nenhuma prova. A entrevista
coletiva, que beirou o ridículo, ilustrou características marcantes e basilares
da Lava Jato: a parcialidade e o exibicionismo. O caráter político da Operação,
que continuou perseguindo petistas e absolvendo tucanos, foi negado com veemência
enquanto pode. O autor da fatídica apresentação confirmou recentemente que será
um dos candidatos da Lava jato em 2018. O antipetismo era mais que perseguição.
Era propaganda política.
Dallagnol, antes de assumir seu interesse em se tornar parte
da classe política que tanto critica, já vinha se esforçando ao máximo para
tirar vantagens de sua atuação como membro da Lava Jato. O Procurador fez ao
menos 12 palestras remuneradas, apenas no ano de 2016, recebendo, por isso, 219
mil reais. Parte dos lucros foi doada a um hospital em Curitiba. O coordenador
da Força-Tarefa lançou também um livro intitulado “A Luta Contra a Corrupção”.
Como se pode notar, perseguir Lula e o PT, sempre serviu de vitrine para Procurador.
Um colega famoso de Dallagnol também pode ser candidato nas
próximas eleições. Carlos Fernando Santos Lima ganhou fama ao criticar Lula
diversas vezes em suas redes sociais. Já existe inclusive uma representação
contra ele por desvio funcional, pelo teor das postagens em relação ao líder
petista. O procurador é figura fácil em
entrevistas coletivas como, por exemplo, a de acusação do famigerado caso do
triplex do Guarujá. Carlos, servidor público e candidato, é ilustração inequívoca da fatuidade da
Operação.
Os dois membros da Lava Jato já assumiram o interesse de se
candidatarem pelo PODEMOS, partido de Álvaro Dias. Provavelmente serão candidatos
ao Senado, pelo Estado do Paraná, onde concorrerão, entre outros candidatos,
com a Senadora Gleisi Hoffmann. A propaganda antipetista lhes servirá
como uma luva. Esperamos, apenas, que isso enterre, de forma definitiva, o
discurso de que a Lava Jato não é política ou parcial. E que os cidadãos percebam
este embuste patrocinado e institucionalizado pelo próprio Estado.
Álvaro Dias se livrou de todas as acusações que pesavam sobre ele. Foi ajudado diretamente pelos três?
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