Em A Arte da Guerra, a milenar – e ainda atual – obra sobre
estratégia, o filósofo Sun Tsu afirma que para triunfar em uma batalha é
necessário conhecer a si mesmo e a seu adversário. A Esquerda não pode insistir
na visão maniqueísta e equivocada de que seu oponente se resume exclusivamente ao alienado paneleiro de camisa da CBF. É preciso admitir que também há uma Direita esclarecida, erudita e politizada. Apenas reconhecendo
seu adversário e elevando o nível do debate, a Esquerda voltará a transformar o cenário político no país.
A dicotomia representada pelos termos Esquerda e Direita promove
o embate político nas mais variáveis formas de governos no mundo desde o século
XVIII, com o advento da Revolução
Francesa. Ideais e visões diferentes
sobre política, economia e Estado são princípios basilares da república e são
saudáveis a qualquer democracia. O debate é necessário e não pode ser reduzido
a um bate-boca de cunho pessoal, focado apenas em acusações em uma bizarra
competição de quem roubou mais.
Para mostrar que ainda está do lado do povo, a esquerda
precisa apresentar projetos focados no social, cada vez mais consistentes e
claros para toda a população. Precisa provar que está pronta para defender o
trabalhador e as minorias. Precisa mostrar que aprendeu com erros e que está
disposta a se reinventar, sem jamais se esquecer de suas origens. Caso
contrário, continuará perdendo espaço para uma Direita engajada que encontrará
argumentos convincentes.
O embate político tem
que ser travado sempre com o povo sendo seu maior protagonista e beneficiário. De nada adiantará engessar um discurso por
anos, acusando sempre o “outro” por todas as mazelas de nossa nação. Pois esse
jogo indigno não tem fim. É necessário elevar o nível da discussão, evoluir o
discurso, e vencer travando o “bom combate”.
É preciso admitir que também há uma Direita esclarecida, erudita e politizada", porém, CANALHA!
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