Missões oficiais de
Chefes de Estado costumam selar novas parcerias e atrair novos investimentos. Esses
momentos célebres costumam ser utilizados para o anúncio de acordos e tratados,
normalmente benéficos às duas nações. O Brasil que, nos governos passados, se
acostumou a receber e sempre ser bem recebido por grandes líderes mundiais, atravessa
um momento no mínimo constrangedor. O país tem sido tratado com desdém pelo
mundo democrático. A visita de Temer à Noruega foi um ato falho nas relações
internacionais brasileiras e uma vergonha para o país.
Temer não teve recepção
digna de Chefe de Estado no país nórdico. Não havia autoridade para recebe-lo
no aeroporto, deixando claro que Temer, o ilegítimo, não teria o mesmo
tratamento de um líder verdadeiramente eleito. O chefe do aeroporto ficou
responsável pela modesta recepção. A imprensa norueguesa também não deu muita
importância à visita: havia apenas um jornalista norueguês cobrindo a chegada
da comitiva brasileira. Estava claro que esse governo corrupto e plutocrata não
era bem-vindo em terras de verdadeira social-democracia.
A viagem tinha tudo para
ser irrelevante. Mas houve um fato bastante importante e curioso: o governo norueguês
anunciou corte de cerca de 196 milhões de reais no Fundo da Amazônia. O anúncio
de um corte substancial de investimentos em uma visita do presidente é algo
sintomático. Demonstra a falta de confiança norueguesa no governo brasileiro e expõe
a falta de capacidade de negociação de uma equipe brasileira desacreditada e incompetente.
O corte nos investimentos corresponde à metade do total. Tudo na presença do
presidente e sua equipe.
Temer não apenas não conseguiu nada de benéfico,
como perdeu investimentos em uma viagem oficial. Provavelmente a missão mais
contraproducente da história. O saldo será uma coleção de vexames e a certeza
que a credibilidade de nosso presidente anda mal das pernas em todo o mundo. Temer,
ainda no aeroporto, teria tentado convencer os noruegueses que o país vive um “momento
próspero”. Mas a confiabilidade do
Brasil só se recuperará com a volta da democracia. Afinal, ilegítimos não
costumam ser bem-vindos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário