Lula Marques/AGPT/FotosPúblicas |
Os impactos políticos da sangria
pública de Temer são claros. A aprovação do peemedebista gira em torno de 4%,
recorde negativo na história do país. O PMDB dificilmente fará um sucessor, com
tantos casos de corrupção envolvendo seus caciques. O PSDB, principal aliado do
governo, também viu despencar a popularidade de seus presidenciáveis. Nas
últimas pesquisas, considerando os dois cenários, Dória e Alckmin não ficaram
nem entre os três mais lembrados. Enquanto Temer insiste em continuar no cargo,
ele afunda sua imagem, de seu partido e aliados.
Não obstante, Lula continua
liderando as pesquisas com muita folga e o PT atingiu nessa semana a maior
popularidade do partido, desde a segunda posse da Presidenta Dilma Rousseff.
Ironicamente, pouco mais de um ano após ter saído do poder, por intermédio de
um golpe, a esquerda se mostra forte novamente e com chances reais de voltar ao
poder, já no próximo pleito. Tudo graças à ação desastrosa dos próprios
golpistas, que tentaram impor uma agenda neoliberal, tantas vezes derrotada nas
urnas e protagonizaram tantos casos de corrupção.
Michel Temer parece acreditar nas
próprias mentiras. Após acusar e intimidar o PGR, pretendendo estar apenas
opinando ao utilizar um termo por ele recém-criado: a “denúncia por ilação”,
ele reiterou várias vezes sua honestidade e probidade. Mas o cidadão não
acredita mais. Não resta dúvida ao brasileiro de que existem indícios muito
graves contra Temer, indicando corrupção passiva e obstrução à justiça. Se
Temer decidiu ficar enquanto corre seu processo na Câmara e no STF, que a
esquerda se organize. Pois certamente voltará em 2018.
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